São muitos os desafios para a implementar um Programa de Compliance sólido e que de fato atenderá as expectativas de qualquer organização.

O principal e o mais difícil desafio é a mudança cultural para as práticas verdadeiramente éticas e transparentes.

Isto porque, mudar a postura das pessoas não é tarefa fácil no ambiente corporativo, pois geralmente as pessoas são resistentes à mudanças de qualquer natureza, mesmo que elas tragam benefícios para o dia a dia.  

Se por um lado o ser humano consegue se adaptar a mudanças de cenário, por outro, há uma resistência inicial diante mudanças significativas, tal qual o de cultura empresarial.

Envolver as pessoas é essencial para que o Programa dê certo!

A mudança ou implementação da cultura de integridade em uma organização é sempre muito desafiador, por mais que esse empreendimento já possua alguns valores definidos sobre ética, a verdade que o Compliance é um momento de transformação da empresa.

Superada o desafio inicial da mudança de cultura ( e veja bem que a cultura não se muda do dia para a noite) há de se observar com atenção outras etapas da implementação.

 A identificação dos Riscos, por exemplo é uma das tarefas mais importantes que demanda dedicação. Conhecer bem os processos da operação do seu negócio, seus ambientes e suas interfaces são primordiais para a construção do projeto de implementação do Sistema de Compliance, pois através do conhecimento dos riscos se definirá os requisitos, que serão as ações que mitigarão os riscos avaliados.

Após a identificação dos riscos e a definição das ações para mitiga-los, começa as etapas de planejamento e implementação destas ações, com a gestão direta do responsável pelo Compliance.

Há outras etapas subsequentes que demandam os desafios inerentes a cada uma, tais como: Geração de Evidências,  Auditorias e Retestes,

Estas etapas são tão importantes quanto as primeiras e merecem total atenção, pois a medição do Sistema de Integridade é fator decisivo para o sucesso da implementação.

Por fim, é importante escrever um pouco sobre o profissional que irá gerir esse sistema, e a grande dificuldade de formar essa pessoa ou identifica-la no mercado.

O profissional de Compliance terá alguns papeis importes na gestão do programa. Deverá possuir características como: apoiador para sanar dúvidas dos colaboradores; facilitador proativo, conduzindo e trabalhando em favor das equipes; defensor da empresa quando ela estiver correndo qualquer risco eminente; motivador que irá guiar as pessoas pelo programa de Compliance e incentiva-las quanto ao seu cumprimento.

O engajamento das pessoas é uma das parte mais difíceis, juntamente com o seu aculturamento, pois fazer as pessoas terem fé no Compliace é o que vai trazer o sucesso esperado.

Se não houver o pleno envolvimento da Alta Direção e se os colaboradores não entenderem o Sistema de Compliance como ferramenta transformadora, de nada adiantará o investimento para implementá-lo.

Por isso defendemos que o treinamento é um dos pilares mais importantes do Programa de Compliance, pois se trata de investir em pessoas, que sempre serão o maior ativo de qualquer empresa.

Implementar o Compliance não é simples, não é rápido e precisa de muita disciplina, persistência, disponibilização de recursos financeiros e humanos, mas acima de tudo as pessoas tem que acreditar que esse sistema é uma ferramenta transformadora.

Fazer Compliance de qualquer maneira é um desperdício de recursos além te manter a sua organização exposta a riscos. Não funciona!